Política

Secretária diz que Estado terá de fazer ajustes na Previdência e folha de servidores: “Dinheiro não cai do céu”

Durante prestação de contas do primeiro quadrimestre em sessão na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (4), a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, afirmou que Goiás aumentou as receitas em aproximadamente 16% de janeiro a junho deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Em entrevista coletiva após a sessão, Cristiane Schmidt informou que mais de 50% dos investimentos foram reduzidos de janeiro a junho deste ano, na comparação com o mesmo período de 2018. A secretária afirma que os ajustes continuarão a ser feitos.

“Mais de 50% e investimento foi cortado quando a gente compara janeiro a junho desse ano com o ano passado. Por que isso está acontecendo? Não tem dinheiro. Não se inventa dinheiro, e dinheiro não cai do céu. E as receitas, infelizmente, crescem em uma taxa que é abaixo”, constata.

A secretária afirma ainda que, por mais que as despesas e os custos de taxas correntes sejam reduzidos, haverá um défict estrutural, caso o Estado não faça a reforma da Previdência e ajustes na folha de salários de servidores.

“Se nós fizermos reforma da Previdência, se na reforma da União não entrarem Estados e Municípios, a gente vai ter que fazer aqui. Esse é um grande desafio, e teremos que olhar também a parte dos ativos, porque hoje a nossa folha cresce naturalmente, sem a gente fazer absolutamente nada, 4% ao ano”, afirma.

Cristiane Schmidt destacou possíveis benefícios que o Estado de Goiás terá se aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Entretanto, ela pede cautela para discutir o assunto.

“A suspensão da dívida por um tempo maior. Isso nos dá fôlego para a gente poder ajustar essas contas. E mais ainda, a gente consegue contrair empréstimo com aval da União com uma taxa de juros baixa para poder fazer esse ajuste”, pontua.

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