A defesa de Edna Gomes, ex-assessora do médium João de Deus, fez um pedido ao Ministério Público nesta terça-feira (30) desistindo de um acordo preestabelecido de delação premiada. Segundo o advogado Demóstenes Torres, ela vai continuar colaborando com a Justiça. João de Deus está preso e é acusado de abusos sexuais. Ele segue internado em um hospital de Goiânia e sempre negou os crimes.
A assessoria de imprensa do Ministério Público informou que não vai comentar o caso.
Edna chegou a ser denunciada por falsidade ideológica em um dos casos de abuso investigados. De acordo com o defensor, o acordo foi preestabelecido em março, mas ela desistiu.
“A delação é para pessoas que estão participando, envolvidas nos crimes. No caso dela, caiu uma bomba na Casa Dom Inácio de Loyola e ela foi atingida por estilhaços. Ela trabalhava só metade do dia e como assessora, pouco conhecia sobre a rotina do local”, disse Demóstenes Torres.
O advogado explicou ainda que, sempre que necessário e for convocada, Edna prestará depoimento à Justiça sobre os fatos que tem conhecimento.
João de Deus está internado em um hospital de Goiânia desde o dia 22 de março. Segundo os médicos, ele “está em tratamento de pneumonia com a previsão de usar antibiótico venoso por mais cinco dias”.
A transferência para o hospital foi motivada por um laudo emitido por Las Casas Júnior no qual constava que João de Deus tinha um aneurisma no abdômen. O cardiologista salientou que, em caso de rompimento, o médium corria risco de morrer.
