Deputados federais eleitos pela bancada de Goiás já buscam articulação no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto para viabilizar a derrubada de vetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que retiram 36% dos valores então destinados às emendas parlamentares. Mesmo aliados do presidente avaliam, nos bastidores, que a tesourada deve gerar amplo movimento de reação na Câmara Federal, mas ainda esperam a liderança do presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL).
O corte de R$ 29,8 bilhões na Lei Orçamentária de 2021 foram orientados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na busca por reequilibrar os gastos do governo. No entanto, as mexidas não ficaram restritas às previsões de gastos incluídas pelo relator, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), como havia sido acordado ainda no início da semana passada. Ao invés disso, a equipe econômica alterou dotações orçamentárias que ainda não estavam em discussão.
Do total cortado, R$ 1,8 bilhão atenderia às emendas de bancadas estaduais, definidas em conjunto por deputados e senadores. Os estados que mais sofreram reduções foram o Amazonas (R$ 216 milhões), Piauí (R$170 milhões) e Goiás (R$ 159 milhões), segundo levantamento do Instituto Nacional de Orçamento Público (Inop). Com as emendas de bancada, congressistas goianos esperavam indicar valor de R$ 439 milhões.
