Saúde
Upas de Aparecida participam de projeto nacional de prevenção e tratamento de infecções generalizadas
As três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) de Aparecida de Goiânia estão entre as 60 escolhidas em todo o País para participar de um projeto inédito para identificação e tratamento precoce da sepse (infecção generalizada) em pacientes adultos nas UPAs em 15 Estados e no Distrito Federal. A iniciativa visa preparar os profissionais para implantar protocolos de rastreamento, reconhecimento dos casos e de medidas imediatas para tratamento dessa patologia que atinge aproximadamente 600 mil pacientes por ano no Brasil e é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTI nacionalmente.
O projeto tem duração de 18 meses e é fruto da parceria entre a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês, o Ministério da Saúde (MS), o Institute for Healthcare Improvement (IHI) e o Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS). “É um trabalho muito importante, além de ser um reconhecimento nacional do trabalho desenvolvido nas nossas UPAs. A taxa de mortalidade por sepse no Brasil atinge 55% dos casos em UTIs e ela gera custos altíssimos porque seu tratamento exige muito esforço dos profissionais, medicamentos específicos e equipamentos sofisticados. Esse projeto, além de poder salvar vidas e reduzir sofrimentos, também vai aprimorar o atendimento prestado à população desde a triagem até os procedimentos adotados e os encaminhamentos para UTIs de hospitais”, destacou o secretário municipal de Saúde, Alessandro Magalhães.
Segurança e eficiência
Segundo a diretora de Urgências da Secretaria de Saúde (SMS) de Aparecida, Amanda Melo, o projeto prevê, além do treinamento avançado das equipes, a implantação de fluxos e protocolos nas UPAs para reconhecimento e tratamento precoces da sepse, reconhecimento das falências orgânicas, rastreamento de casos suspeitos, administração de antibióticos, coleta de culturas e outros exames laboratoriais. “Tudo isso vai gerar uma mudança positiva para os pacientes e para os profissionais, aperfeiçoando o trabalho nas UPAs e garantindo mais segurança e eficiência nos tratamentos. Poderemos identificar, por exemplo, quando alguém com sepse chegar na unidade e já iniciaremos o tratamento adequado”, afirma ela.