O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, disse nesta quinta-feira (2), que pode haver uma abertura descontrolada do comércio em Goiás caso o isolamento contra o coronavírus se mantenha como está, sem mudanças no decreto imposto pelo governador Ronaldo Caiado (DEM).
“Se nós não recomeçarmos com cuidado, recomeçarmos com responsabilidade, nós vamos ter muito problema”, afirma. “Na nossa opinião, vai haver uma abertura meio descontrolada, principalmente se o decreto vier prorrogando o prazo sem uma expectativa de abertura. Se ele vier prorrogando o prazo para mais 15 dias sem uma perspectiva de abertura, nós achamos que vamos ter aí uma abertura descontrolada”, acrescenta Mabel.
Mabel falou com a imprensa na tarde de hoje (3) após reunião do Fórum Empresarial (que reúne todas as entidades empresariais do Estado) com Ronaldo Caiado e com o Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedi), Adriano Rocha Lima. Na ocasião, o presidente da Fieg apresentou a plataforma criada para auxiliar na reabertura do comércio no Estado, como um “retorno responsável” das atividades econômicas em Goiás.
De acordo com Mabel, a plataforma é uma importante ferramenta que permite que o governo abra comércios onde não há registro da doença e, da mesma forma, possa fechar a qualquer momento se tiver casos confirmados.
“Nós explicamos isso bastante para o governador, também para o Adriano Rocha Lima, e dentro disso daí, a impressão que eu tive, é que não vai se levar muito a sério esse assunto”, conclui. “A expectativa nossa é que ele aproveite essa plataforma que nós fizemos, e aí nós vamos estar ajudando nessa abertura, recomendando que as pessoas respeitem, façam funcionar o estabelecimento dentro das normas que estão sendo preconizadas dentro dessa plataforma há um termo de compromisso, enfim, abrir de forma organizada”, complementa.
O decreto do governo estadual termina neste sábado (4), mas um novo deve ser publicado já nesta sexta-feira (3). De acordo com o próprio Caiado, em pronunciamento, o isolamento social no Estado deve permanecer por mais 15 dias. Até então, o governo permitiu apenas a abertura de serviços essenciais à população.
