Segurança
Polícia Civil indicia 11 pessoas por esquema de corrupção na Codego
A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (15/07), as investigações sobre um esquema de cobrança de propinas a empresários goianos. Os crimes teriam sido praticados entre os anos de 2016 e 2018, por um grupo criminoso formado, principalmente, por ex-servidores públicos da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), antiga Goiás Industrial. Ao final da apuração, 11 pessoas foram indiciadas por corrupção passiva e associação criminosa.
Um casal, apontado pela investigação como líder da quadrilha, foi indiciado por 11 atos de corrupção, com penas que podem chegar a 130 anos de reclusão, em caso de condenação. Com a conclusão do inquérito, foi solicitado ainda ao Poder Judiciário o sequestro de mais de R$ 1,5 milhão em bens dos suspeitos. “Os valores serão revertidos às vítimas, que foram lesadas e também para ressarcir o patrimônio público que não deixa de ser afetado por essas condutas criminosas”, destacou a delegada Débora Melo.
A Operação Cherokee foi deflagrada em maio deste ano, pela Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Na ocasião, foram cumpridos 14 mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, Caturaí, Cristianópolis e Catalão. A investigação, iniciada em 2019, identificou a cobrança indevida de valores a empresários que tinham interesse de se instalar em distritos agroindustriais do Estado. Pelo menos nove empresas vítimas do grupo criminoso foram identificadas.
“Eles se valiam das posições estratégicas que ocupavam dentro da Codego e sempre que algum empresário chegava querendo instalar a sua empresa em algum distrito industrial, muito embora preenchessem os requisitos necessários para isso, esses servidores faziam cobranças em benefício próprio. Por exemplo, se no processo administrativo eles teriam que pagar apenas R$ 4 mil à Codego, um valor simbólico, para esses funcionários eles chegavam a pagar mais de R$ 100 mil”, explicou.