Segurança

Policia Civil GO prende casal suspeito de vender vagas em faculdades públicas de medicina

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) prendeu um casal investigado pela venda de falsas vagas em faculdades públicas de medicina. A detenção foi realizada em Campos dos Goytacazes (RJ) e faz parte da Operação Dodge, deflagrada na última segunda-feira (26/07) pela 8ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia. A ação contou com apoio da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ).

A investigação teve início após a denúncia de uma das vítimas. Segundo o delegado William Bretz, os suspeitos realizavam as ofertas pelas redes sociais, alegando se tratar de vagas remanescentes. Para isso, cobravam valores que variam de R$ 30 mil a R$ 150 mil. Os crimes teriam sido praticados contra pessoas de pelo menos cinco estados. “Fraude que se definia pela venda de supostas transferências para faculdades de medicina, quando aquele estudante era matriculado no exterior, seja Argentina, Paraguai, Colômbia, Bolívia”, informou.

Ainda de acordo com a apuração, depois que as vítimas realizavam os pagamentos, o casal encerrava o contato e chegava a ameaçá-las, para que não denunciassem a situação às autoridades. Após troca de informações com as Polícias Civis do Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso, a PCGO representou judicialmente pela prisão preventiva da dupla, que foi deferida pela 12ª Vara Criminal de Goiânia.

Além da detenção, foi cumprido ainda mandado judicial de busca domiciliar na casa dos suspeitos. Durante as diligências, foram apreendidos veículos de luxo, relógios importados, celulares, dentre outros objetos. “Estamos com uma suspeita muito grande de que toda essa vida luxuosa advém de produto do crime”, explicou o delegado. O Poder Judiciário determinou ainda o sequestro de mais de R$ 1 milhão em bens dos suspeitos.

O homem investigado já possuía antecedentes criminais por estelionato, lesão corporal, receptação e sequestro. Agora, os dois irão responder por estelionato, qualificado pela fraude eletrônica. O crime prevê pena máxima de oito anos de reclusão. O trabalho investigativo continua para apurar o possível envolvimento de outras pessoas na prática criminosa.

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