O sucesso dos países vizinhos no controle do coronavírus e isolamento do Brasil na América Latina

A falta de uma estratégia do governo brasileiro incomoda especialmente governos que, ao mesmo tempo em que traçam planos para sair de um longo período de isolamento, tomam medidas para isolar o Brasil. A Argentina já reclamava da ausência brasileira em teleconferências regionais para encontrar ações comuns contra a covid-19. Até pouco tempo, Ginés González, ministro argentino da Saúde, falava constantemente por telefone com seu colega Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro brasileiro. Porém, desde que Nelson Teich assumiu, um dos assessores mais próximos de González disse ao Estado que o telefone do ministério parou de tocar. Agora, então, sem ministro, a relação fica ainda mais distante. E o SI#69 abre aspas para o ainda diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, que anunciou nesta semana a demissão do cargo um ano antes do fim do mandato. Ele definiu que segue no cargo até agosto e na prática viu sua permanência se tornar insustentável diante da intensa pressão feita pelos Estados Unidos sobre a organização. Abre aspas para o diplomata brasileiro Roberto Carvalho de Azevêdo.