Saúde

Goiás amplia capacidade de testagem para detectar o novo coronavírus, diz Saúde

A Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Flúvia Amorim, disse nesta segunda-feira (13), que Laboratório de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen Goiás) deve ampliar sua capacidade de testagem para o coronavírus (Covid-19), possibilitando o aumento de até 130% na capacidade atual, que sai de 110 para 250 exames por dia. Essa ampliação se deve a Superintendência da Polícia Técnico-Científica, da Secretaria da Segurança Pública de Goiás, que cedeu um aparelho pipetador automático para a Secretaria da Saúde de Goiás.

Flúvia Amorim explicou que parte do processo dos exames era feito manualmente por um técnico que pipetava as amostras com um aparelho. “Agora nós conseguiremos ampliar nossa capacidade de resposta, porque vai agilizar essa parte do processo do exame por ser automatizado, e vamos conseguir pipetar mais amostras do que nossa equipe conseguiria manualmente”, disse. “Esperamos que com esse aparelho a gente consiga chegar a cerca de 250 amostras por dia sendo entregue os resultados”.

Os testes são feitos a partir de uma coleta de secreção nasal e da garganta, no laboratório o vírus é extraído e amplificado para que seja detectável. De acordo com Flúvia Amorim, grande parte do processo era feito manualmente e com o aparelho será possível fazer de forma automatizada acelerando o processo de testagem. Ela detalhou a diferença entre o teste rápido e o RT-PCR. “Esse teste consegue identificar se a pessoa está doente a partir do segundo dia de doença, indicada para pacientes no início dos sintomas, ele analisa a presença do vírus. Os testes rápidos detectam o anticorpo, ele não identifica vírus, isso só é possível a partir do sétimo dia, ele não é um teste para diagnosticar pessoa que está doente”.

De acordo com Flúvia Amorim, a orientação é que não precisa ter confirmação da doença para entrar com medida de prevenção, caso a pessoa apresente algum sintoma gripal, ela deve ser afastada em isolamento domiciliar. “A partir do momento que eu suspeito, eu já dou todas as orientações e retiro essa pessoa do convívio com outras pessoas para evitar a transmissão”, disse. “Esse movimento que nós vimos, principalmente semana passada em Goiânia e outras cidades do Estado, a consequência vamos ver daqui 15 dias, com aumento de casos. Se aumentou o contato das pessoas umas com as outras provavelmente, vai ter aumento de transmissão”.

A Superintendente de Vigilância em Saúde ressaltou que é impossível saber o tamanho do problema em Goiás e no mundo, porque nenhum lugar conseguiu testar 100% da sua população. “O Brasil é um país de dimensão continental, temos milhões de habitantes, então testar todo mundo não é possível, mas é possível fazer uma testagem por amostragem, ou seja, ter uma amostra que seja representativa para toda população e isso é possível fazer”, explicou. “O mais importante é saber quantas pessoas, ou pelo menos uma estimativa mais próxima da realidade, estão contaminadas e ter uma noção de qual é a taxa infecção na população”.

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