Política
Base de Iris Rezende prevê crise interna durante eleições e cobra indicação de líder
Os vereadores da base de Iris Rezende (MDB) concordam, parcialmente, com a falta de pressa do prefeito para definir o substituto de Oseias Varão (sem partido) na liderança do Paço na Câmara Municipal. A avaliação dos principais nomes do grupo aliado ao prefeito é de que não há mesmo necessidade da indicação para articular qualquer votação ou mesmo levar e trazer demandas políticas entre o Paço e a Casa.
Para o vereador Denício Trindade (Solidariedade), a relação direta entre vereadores e o Paço, sem o líder, não está tão azeitada e é necessário se preparar para as eleições. “Nós teremos um ano eleitoral, que tem que manter essa união. Até então nós não entramos no período eleitoral e acho que a partir do momento que entrar no período eleitoral, nós teremos algumas diferenças dentro da própria base”.
Já Anselmo Pereira (PSDB) aponta que a crise interna na base é natural e que a presença do líder será fundamental para manter o grupo aliado ao prefeito, unido, mesmo com as disputas partidárias e por bases eleitorais na cidade. “Naturalmente vai ter crise no período eleitoral, não adianta. Pela experiência que eu tenho nos meus mandatos, toda época de eleição, o plenário é contaminado”, afirma o vereador, que ainda alerta: “A contaminação, sem liderança, ela é muito perigosa. Isso pode trazer prejuízos até mesmo para a população de Goiânia”.
O prefeito Iris Rezende ainda corre o risco de perder vereadores para a oposição, caso a articulação interna da base não seja realidade. A missão de apagar incêndios, segundo o vereador Wellington Peixoto (MDB), é do líder do prefeito. Wellington detalha que o líder é necessário não apenas para os projetos vindos do Paço, mas que também faz uma ponte entre a Câmara e o prefeito.
O entendimento de vários dos principais nomes da base aliada do prefeito Iris Rezende, em conversas com a reportagem, é de que a indicação não é urgente, mas se tornará, principalmente a partir de abril, quando as disputas eleitoras devem ficar mais intensas.