Cidades
Homem é preso em Goiânia suspeito de desmatar área equivalente a 6 mil estádios de futebol na Amazônia
A Polícia Civil prendeu em Goiânia, nesta quinta-feira (29), um homem suspeito de desmatar uma área equivalente a seis mil estádios do Maracanã na Amazônia. Outros dois homens, também de Goiás, ainda estão sendo procurados, segundo a polícia.
A propriedade, alvo do crime ambiental, fica em São Félix do Xingu, no sul do Pará. Uma imagem divulgada pela polícia, feita por satélite, em 7 de maio, mostra uma grande área verde. No entanto, nos três meses seguintes, segundo as investigações, o lugar se transformou em uma imensa mancha marrom.
José Brasil de Oliveira foi preso no Setor Oeste, na capital de Goiás. Na delegacia, negou ser o mandante do desmatamento.
“Não me comprometi com desmatamento de nada. Eu estou em uma área lá, não onde está desmatando. Eu estou em uma área lá desmatada antes de 2014”, disse José.
Segundo da Polícia Civil do Pará, que contou com o apoio da corporação de Goiás, calcula-se que a área desmatada é de 5,5 mil hectares, o que chamou atenção.
“As investigações apontam várias formas históricas, culturais até de efetuar estes desmatamentos. Foram empreendidos vários esforços no sentido de identificar os efetivos possuidores desta área que estariam se aproveitando deste crime ambiental”, disse o delegado do Pará Lúcio Flávio Andrade.
A polícia descobriu que toda a vegetação da área estava sendo derrubada com o uso de máquinas pesadas e depois incendiada em uma extensão muito maior do que a permitida por lei. As investigações apontam ainda que o objetivo era transformar tudo em pasto.
Depois de cerca de menos um mês de levantamentos na região, a investigação descobriu que os mandantes do crime seriam de Goiás.
“A família do foragido residia em Palmeiras de Goiás e a partir dessas informações, apurou-se que ele estava escondido na realidade no município de Goiânia”, disse o delegado Alexandre Motta.
O irmão do preso José Brasil, Geraldo Daniel de Oliveira, e João Batista Rodrigues Jaime, genro de Geraldo, também têm mandados de prisão e estão foragidos, segundo a polícia.
De acordo com o delegado Lúcio Flávio Andrade,nenhuma advogado havia se apresentado até a tarde desta quinta para defender os suspeitos.