Cidades
Homem com esquizofrenia tem casa destruída por incêndio, perde tudo e pede ajuda para recomeçar em Aparecida de Goiânia
O morador Joaquim da Cruz, de 53 anos, perdeu tudo após um incêndio em sua casa no Jardim Florença, em Aparecida de Goiânia, na véspera da virada de ano. Ele conta que acordou durante a madrugada com as chamas consumindo o imóvel. Joaquim conseguiu sair do local a tempo, mas não conseguiu recuperar nenhum item.
Desde o incêndio na madrugada de 31 de dezembro, Joaquim está morando provisoriamente no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Bem Me Quer, em Aparecida de Goiânia, onde passa por tratamento psicológico há oito anos. Diagnosticado com esquizofrenia crônica, ele faz uso de remédios controlados e precisa de acompanhamento diário.
De acordo com a assistente social Joana Pereira de Souza, servidores do Caps e integrantes da associação Vida Nova Saúde Mental têm prestado apoio ao paciente.
“A gente está tentando segurar ele, o psicológico dele. O que ele tinha era simples, mas era dele. Ele dormia na casa, tinha a geladeira para por as coisas dele, guardar as cestas básicas que ele ganhava, ele tinha a cama, a televisão para assistir. E hoje ele está aí sem nada, perdeu tudo”, comenta.
O grupo de profissionais que acompanha o caso de Joaquim está se mobilizando para construir uma nova casa para ele, além de arrecadar roupas e alimentos para o morador.
“A gente precisa de tudo, de telha, piso, encanamento, pedreiro, areia, do básico ao acabamento. Ele também precisa de roupas, alimentação, tudo o que for possível”, afirma o presidente da associação Vida Nova, César Augusto Nascimento.
Ajuda para recomeçar
Devido à esquizofrenia e a uma deficiência física que possui em uma das mãos, Joaquim não consegue trabalhar. Ele sobrevive com um salário mínimo que recebe de auxílio-doença, mas que não é suficiente para arcar com os prejuízos causados pelo incêndio.
“Eu não tenho condições de arrumar aqui, nem família eu tenho, sou sozinho. Além disso, gasto muito com remédios”, afirma.
Desesperado, ele pede ajuda para recomeçar. “Preciso de material de construção, alimentação, roupas, tudo”, conclui.