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Goiana que mora nos EUA afirma que bebê foi morto pela babá e pede ajuda para levar pais
A diarista Sara de Oliveira Pereira, de 29 anos, pede ajuda para conseguir levar os pais de Anápolis, a 55 km de Goiânia, para a cidade de Dallas, no Texas (EUA). O apelo é feito quase três meses depois de ela perder o filho Antônio Neto de Oliveira Souza, de 1 ano e 4 meses. Segundo a goiana, o bebê foi assassinado pela babá em 17 de janeiro deste ano.
De acordo com Sara, o visto da mãe foi negado porque, há 20 anos, ela extrapolou em um mês o tempo que poderia ter ficado no país. No caso do pai dela, não ficou claro por quais motivos o visto teria sido negado. Ela acredita que foi porque o processo de pedido de visto estava junto com o da mãe. Ainda assim, ele tentou uma segunda vez, mas sozinho, e também não conseguiu.
O Departamento de Polícia de Dallas informou, por meio de nota, que as informações a respeito da morte do bebê são confidenciais porque envolvem suposta negligência ou abuso no trato com uma criança. No entanto, há confirmação de que existe uma investigação em andamento.
Em nota, o Itamaraty informou que “está ciente do caso, já tendo entrado em contato com familiares da vítima nos EUA e no Brasil” e que está “prestando a assistência possível”. O órgão completou que, “em respeito à legislação vigente sobre privacidade, não pode fornecer mais detalhes sobre o caso”.
Sara disse que recebeu uma ligação da babá no final da manhã de 17 de janeiro dizendo que o bebê tinha dormido, mas que ela não estava conseguindo acordá-lo. “Não consegui sair do lugar após a ligação. Precisei de ajuda para dirigir meu carro e chegar até o hospital”, contou.
Nesse tempo, o marido dela já tinha ido à casa, buscado o filho e a babá e levado ambos ao hospital, mas o bebê não resistiu. “Até então teria sido morte natural. Só ficamos sabendo de fato que havia sido homicídio uma semana depois”, lembrou.
Ainda de acordo com Sara, a babá foi presa no dia 27 de janeiro, 10 dias depois da morte de Tom, como era chamado. “Ela foi presa antes mesmo de sabermos o que tinha acontecido. Soubemos que ela jogou ele contra um lugar não identificado e depois asfixiou ele”, detalhou.
“Quando o resultado parcial da perícia ficou pronto foi direto para a polícia e a detetive pediu uma reunião comigo e meu marido. Sobre os traumas [que ele teve por causa da forma como foi morto] só ficamos sabendo uma semana atrás”, completou.