Educação
Policia Civil GO investiga esquema criminoso suspeito de desviar recursos financeiros da antiga Agetop
A Polícia Civil de Goiás cumpriu, nesta terça-feira (15/06), 12 mandados de busca e apreensão, durante a Operação Terra Fraca, que apura desvio de recursos públicos da antiga Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), atualmente, Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Os crimes teriam sido praticados entre os anos de 2013 e 2018, trazendo prejuízo estimado em R$ 46 milhões aos cofres públicos. As diligências foram realizadas pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), em Goiânia e em Palmas, no Tocantins.
A investigação durou mais de um ano e foi iniciada após troca de informações com o Ministério Público de Goiás (MP-GO). Segundo a apuração, o esquema criminoso contava com o envolvimento de empresas privadas, ex-servidores e do núcleo político que gerenciava os contratos do órgão. Os desvios teriam sido realizados por meio do superfaturamento em um obra de pavimentação asfáltica da GO-230, que liga Água Fria a Mimoso de Goiás.
“Eram duas empresas. Uma que venceu a licitação e a outra que foi subcontratada de forma ilegal, para executar a obra. Esse núcleo político garantia os pagamentos das medições realizadas e o núcleo financeiro girava esse dinheiro do grupo, de forma a transparecer um caráter lícito, configurando lavagem de dinheiro. É como se você licitasse uma casa e construísse um prédio. Nesse caso, aplicado a uma rodovia”, explicou o delegado Luiz Gonzaga Junior, adjunto da Deccor.
A rodovia não chegou a ser finalizada e teve os trabalhos retomados neste ano de 2021. “O contrato celebrado foi anulado pela atual direção da Goinfra, que já concluiu o prejuízo calculado na ordem de R$ 46 milhões. Hoje passou por um novo processo, uma nova empresa assumiu, se não me engano a empresa que ficou em terceiro lugar na licitação. Ela continua a obra”, informou. Durante as buscas, os policiais apreenderam a quantia de R$ 135 mil, em espécie, e mais 3.800 dólares.