Economia

Dólar é cotado a R$ 4,61 em novo dia de forte queda

O mercado financeiro brasileiro iniciava esta segunda-feira (4) com dólar e Bolsa de Valores caindo. Apesar da situação relativamente incomum, pois as ações costumam subir quando a taxa de câmbio cai, o movimento nesta sessão pode ser explicado pela combinação de oportunidades oferecidas a estrangeiros pelos juros altos do país e pelos ajustes que investidores fazem a suas aplicações enquanto avaliam o momento de incertezas ampliadas pela guerra na Ucrânia.

Às 13h15, o dólar recuava 1,02%, a R$ 4,6180, mantendo-se em patamar anterior ao do início da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Na semana passada, a divisa encerrou o primeiro trimestre de 2022 com um tombo de quase 15%, o maior recuo trimestral desde junho de 2009.

Com uma taxa básica de juros de 11,75% ao ano, cuja escalada deve alcançar 12,75%, o Brasil faz com que sua moeda garanta um dos melhores retornos para investimentos em renda fixa, como é o caso dos títulos do Tesouro.

Alguns analistas avaliam que esse é um movimento temporário, que vai durar somente até que os Estados Unidos passem a oferecer juros suficientemente satisfatórios aos olhos dos investidores. Outros consideram que há fundamentos para uma taxa de câmbio em torno dos R$ 4,50.

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