Cidades
Baixa umidade e ventos fortes aumentam alerta de queimadas em Goiás
De acordo com o Boletim Queimadas nº 07, foi registrado um aumento de 78% nos focos de incêndio em vegetação, em relação ao levantamento da semana anterior, passando de 74 para 132. A Região Sudoeste tem a situação mais crítica, tendo ultrapassado o acumulado de julho de 2019 em apenas 20 dias deste mês. Ao todo, foram 78 queimadas entre os dias 1º e 19 de julho, contra 71 nos 31 dias de julho do ano passado. Somente na semana entre 13 e 19 de julho, foram 29 focos. Os dados constam do relatório produzido pelo Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), divulgado semanalmente pela Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Segundo André Amorim, gerente do Cimehgo, Goiás entra, a partir de agora, em um período de atenção redobrada. “Entramos em uma fase mais delicada, com baixa umidade relativa do ar, maior velocidade média dos ventos e vegetação bastante seca, cenário típico do Cerrado, que são fatores que dificultam o combate às queimadas”, afirma. De acordo com o tenente Thyago Rodrigues Oliveira, do Corpo de Bombeiros (CBM-GO), em entrevista à Sagres nesta semana, a região sudoeste de Goiás tem sido a mais atingida pelas queimadas em 2020. Segundo o Boletim nº 07, a APA do Pouso Alto voltou a ter ocorrências, com nove focos, seis deles em Alto Paraíso. As informações levam em consideração dados obtidos por meio do satélite de referência aqua (M-T), instrumento em que os focos de calor detectados são utilizados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) como referência de dados oficiais. Os focos de queimadas em áreas urbanas são detectados pelo satélite NPP-375.