Saúde
Auditores fiscais anunciam pedido de interdição do Hospital Materno Infantil, em Goiânia
Auditores Fiscais do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho em Goiás (SRT-GO) anunciaram nesta segunda-feira (29) que vão pedir a interdição do Hospital Materno Infantil (HMI), em Goiânia. Relatórios do órgão apontam problemas graves na instalação elétrica da unidade, falta de medicamentos e insumos. Em março, um menino morreu à espera de atendimento no corredor do hospital.
O termo de interdição está previsto para ser entregue na terça-feira (30). A partir de então, conforme os auditores, as coordenações técnicas da unidade e a Secretaria Estadual de Saúde devem apresentar, em até 10 dias, um cronograma de desocupação do prédio
Segundo o órgão, a retirada dos pacientes deve ocorrer “de maneira segura, responsável, programada, progressiva, acompanhada por médicos e enfermeiros do HMI, e também pela Vigilância Sanitária, que é a instituição responsável pela garantia da segurança dos pacientes”.
Enquanto os pacientes não são transferidos, os auditores pedem que fique proibida a entrada de novos pacientes no HMI, até a total regularização da farmácia. Também devem ser fechados todos os postos de enfermagem e contêineres usados para o preparo de refeições.
Risco de infecções e acidentes
De acordo com a SRT-GO, fiscais vistoriaram o Materno Infantil por quatro meses, em parceria com fiscais do Conselho Regional de Farmácia, após uma série de denúncias de trabalhadores. Segundo o órgão, o HMI conta com aproximadamente 1,3 mil colaboradores.
O estudo apontou os seguintes problemas:
- falhas nas instalações elétricas;
- péssima estrutura arquitetônica e hidráulica;
- superlotação;
- degradação predial;
- inexistência de sistema de climatização;
- mobiliário deteriorado;
- falta de medicamentos;
- falta de higiene;
- insuficiência grave de bebedouros, de vestiários com banheiros e chuveiros.
Para os auditores, essas falhas “potencializam, entre outras coisas, riscos de infecção e de acidentes do trabalho”. De acordo com o relatório, as condições inadequadas de armazenamento podem causar degradação de medicamentos nos postos de enfermagem.