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Aluna denuncia que ela e colegas foram obrigados a passar por revista nus em colégio militar de Goiás
Uma aluna do colégio militar da cidade de Goiás denuncia que ela e vários outros colegas foram obrigados a ficarem nus nos banheiros e passarem por revistas íntimas para verificar se eles estavam com drogas. “Me senti invadida”, disse a adolescente. Ação teria acontecido após uma denúncia de que estudantes estariam envolvido com tráfico.
A revista aconteceu na sexta-feira (18), no Colégio Militar João Augusto Perillo. “Tinha uma policial no banheiro feminino e um policial no masculino. A gente tinha que tirar a roupa, abaixar cinco vezes. Eu mesmo sou uma das alunas que não quer ir para a escola pela vergonha que eu passei”, disse a estudante.
O Comando de Ensino da Polícia Militar disse que está investigando o que aconteceu antes de tomar alguma providência. A Secretaria Estadual da Educação disse que foi informada e que acionou a Superintendência Escolar para acompanhar o caso.
A mãe da aluna disse que nenhum pai e nem o Conselho Tutelar foram chamados para acompanhar a revista. “Eu não tenho nada a reclamar do ensino, mas essa conduta eu achei muito violenta com as crianças”, contou.
A revista teria sido feita com alunos de uma única sala, que tem quase 40 estudantes. Os pais contam que a justificativa da direção era que receberam uma denúncia de alunos que estariam envolvidos com tráfico de drogas.Eles denunciaram o caso ao Conselho Tutelar, que encaminhou um relatório para o Ministério Público. O órgão explicou que a apuração vai definir se a revista vai contra o Estatuto da Criança do Adolescentes (ECA). “Eles porem crianças e adolescentes em situação vexatória, de constrangimento, isso é crime”, disse o conselheiro Dionísio Teodoro dos Santos.