Segurança
Ex-policial federal foi morto a mando de traficante por estar namorando a ex-mulher dele, diz polícia
A Polícia Civil esclareceu a motivação da morte do ex-policial federal Sílvio José Dourado, de 53 anos, alvejado com vários disparos dentro de seu carro, em Goiânia. Um vídeo mostra o crime (veja acima). Segundo a corporação, o assassinato foi encomendado pelo chefe de um grupo que atuava no tráfico internacional de drogas, por não aceitar o relacionamento da vítima com a ex-mulher dele.
Conforme a Polícia Civil, o mandante do crime, João Soares Rocha, e o homem contratado por ele para planejar o homicídio, Ilzemar Sena Ferreira, estão foragidos. Apontado como executor, Ivan de Sousa Marques foi preso na sexta-feira (1º), no Tocantins.
A Polícia Civil informou que Ivan não apresentou advogado de defesa até a última atualização desta reportagem.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Francisco Costa, o preso confessou o crime e disse que receberia R$ 20 mil para praticá-lo. Quando foi detido, estava com parte do valor – R$ 6 mil.
O assassinato aconteceu no dia 17 de abril último, no Setor Pedro Ludovico. O neto da vítima, de 4 anos, que estava o banco de trás, foi atingido por estilhaços de vidro, mas passa bem.
O delegado afirmou que João contratou Ivan para executar a vítima e Ilzemar, que era seu conhecido, para arquitetar o assassinato.
“O Sílvio estava tendo um relacionamento com a ex-companheira do João, o mandante. Desde o término, em fevereiro do ano passado, ele nunca aceitou o romance e resolveu matá-lo”, afirmou o delegado.
De acordo com Costa, Ilzemar forneceu a moto e a arma usados no crime, além de auxiliar Ivan na fuga.
Os dois, conforme a investigação, ficaram aguardando a saída da vítima na porta da casa dela. Ivan pilotava uma moto e Ilzemar, um carro. Eles seguiram o ex-policial até o momento em que ele parou em um semáforo, de acordo com o delegado.
Após ser alvejado, Sílvio acelerou o carro, atravessou a Avenida Circular e bateu em uma banca de verduras do Mercado Municipal. Ele morreu no local.
Logo em seguida, cada um fugiu em seu veículo. Ivan abandonou a moto posteriormente e entrou no carro com o comparsa.
Segundo o delegado, Ivan já tinha outros quatro mandados de prisão em aberto, todos pelo crime de homicídio. Já João foi apontado como chefe de uma organização criminosa de tráfico de drogas no Brasil e no exterior em uma ação da Polícia Federal