Política
Câmara e Senado não são capazes de ressuscitar Michel Temer
O líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou na segunda-feira (28/5) que a greve dos caminhoneiros é consequência de uma situação mais grave que tem como causa a insatisfação geral dos brasileiros sobre alta carga de impostos. Ao defender a rejeição da MP 816/2017, que criava cargos para um conselho de recuperação fiscal dos estados, o senador disse que pesa sobre o cidadão uma carga tributária de 34% do PIB enquanto a qualidade da saúde, educação e segurança só piora. E cobrou uma pauta propositiva e corajosa do Congresso que “corte na carne” dos poderes Executivo, Judiciário e Legislativo.
“A arrecadação chega a 34% do PIB e cada vez a qualidade é reduzida em saúde, educação, segurança. O brasileiro não aguenta mais sustentar o Estado. O cidadão que é o caminheiro, faz a planilha, coloca preço do pneu, revisão, diesel, e chega à conclusão de que não dá para andar. Muito menos pagar empréstimo do BNDE que ele induzido a pegar para resolver os problemas de montadora”, relatou.
O parlamentar faz um alerta: “o momento é muito grave. É preciso entender que a greve dos caminhoneiros não é causa, é consequência. A causa é a população que não aceita o sistema de Estado. Ou corta na pele, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário ou o Brasil para. O cidadão está dizendo: chega! Não vamos mais pagar imposto!”, pontua.
Ronaldo Caiado destacou a importância de o Senado e a Câmara terem uma pauta mais objetiva, voltada para o crescimento do país. Para ele, não existe mais condições de se sustentar o governo Temer.
“A classe política está desacreditada, sem condições de comandar um processo de mudança. Nenhum líder, nem a Câmara dos Deputados, nem o Senado são capazes de ressuscitar o governo Temer. Temos que ter uma pauta objetiva, corajosa, determinada para não colocar em risco a democracia. Essa é a preocupação que levo ao senador Eunício como presidente do Congresso”, disse.
“Não é o caminhoneiro, é o brasileiro que não admite presidência do Temer. O PT insistiu na Dilma. Deu no deu. Temos que buscar soluções. Cadê o projeto do fim do foro privilegiado que está parado na Câmara dos Deputados? Precisamos de uma pauta para darmos ao Brasil a expectativa de crescer”, concluiu. (Crédito: Sidney Lins Jr. )