Segurança

Polícia cumpre mandados de busca e apreensão contra servidores da antiga Agetop e empresas privadas

Na manhã de quinta-feira (12), cerca de 100 policiais civis de Goiás saíram às ruas de cinco cidades goianas para cumprir mandados de busca e apreensão e investigar a existência de uma possível organização criminosa na antiga Agetop (Agência Goiana de Transporte e Obras), atual Goinfra. A ação foi denominada de Operação Mambaí, uma referência a uma denúncia de irregularidades no aeródromo da cidade de mesmo nome localizada no Nordeste goiano.

“Estamos em um plano gerencial, mas em breve, com esse trabalho desenvolvido pela polícia, com apoio do Ministério Público e do Poder Judiciário, a operação alcançará patamares superiores. Como a liderança dessa organização criminosa, que por muitos anos assaltou os cofres públicos de Goiás”, ressaltou o secretário estadual de Segurança Pública, Rodney Miranda.

De acordo com as investigações, a organização criminosa era montada para alcançar patamares de decisão na gestão pública. Segundo o secretário de Segurança, eles tinham alianças para desviar dinheiro público. “Se alinhavam a particulares e empresarios para desviar dinheiro público, dinheiro que era para ser aplicado na educação, na saúde, na segurança pública… mas, nós não vamos discançar enquanto a agente não elucidar tudo”, afirmou.

O delegado Luiz Gonzaga, da GECCOR, informou também que as investigações duraram cerca de seis meses e que resultaram no cumprimento de mandados de busca e apreensão em 17 alvos nas cidades de Goiânia, Anápolis, Pirenópolis, Nerópolis e Santo Antônio de Goiás envolvendo sete pessoas e duas empresas privadas. “Documentos, computadores e celulares serão objetos de análise da polícia e a partir disso com o que já temos de indícios contra os investigados, esperamos concluir a operação e responsabilizar os envolvidos por esse desvio milionário”, explicou.

A investigação apurou, ainda, que as obras do aeródromo iniciaram em local diferente do previsto no contrato administrativo, sem escritura pública, inclusive em parte do território do Estado da Bahia, executando serviços medidos e pagos com adiantamento ou executados a menos (superfaturamento), conforme Laudos de Inspeção da atual administração da (Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (Goinfra), atual nome da pasta. Ainda de acordo com as autoridades, os crimes investigados na operação são o de peculato, infrações penais próprias da Lei de Licitação, participação em organização criminosa e possível lavagem de capital.

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