Governo

Bolsonaro diz que nomeação de Regina Duarte deve sair quando ele voltar da Índia

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (23) que a nomeação da atriz Regina Duarte para a Secretaria Especial da Cultura deve sair quando ele voltar de viagem oficial à Índia, no dia 28.

A atriz foi convidada pelo presidente para o cargo no fim da semana passada. Os dois já tiveram, desde então, duas reuniões. Regina Duarte afirmou que está “noivando” com o governo, mas ainda não confirmou se aceitará o convite.

“Talvez na volta agora a gente acerte aí. Ela merece, realmente, quase que uma festa por ocasião da assinatura da posse. Deve ser na volta. Ela é uma pessoa muito especial”, afirmou o presidente a jornalistas na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada, antes de embarcar para a viagem internacional.

Bolsonaro disse ainda que a atriz está se adaptando rapidamente e parece estar “há um tempão” no governo.

“Está indo bem, ela está perfeitamente adaptada, parece que está no governo há um tempão, está cheia de vontade, tenho conversado com ela, dando dicas para ela como deve formar o perfil do seu secretariado. Acho que esse casamento vai dar o que falar”, completou.

Na quarta-feira (22), Regina Duarte almoçou com o presidente em Brasília e depois visitou a secretaria. Nesta quinta, de acordo com a assessoria do órgão, ela vai permanecer na cidade, para participar de reuniões sobre a pasta.

O ex-secretário, Roberto Alvim, foi demitido após divulgar um vídeo no qual faz um discurso com frases semelhantes às usadas por Joseph Goebbels, ministro da Propaganda do governo nazista de Adolf Hitler.

Ministério da Segurança Pública

O presidente também falou sobre uma eventual recriação do Ministério da Segurança Pública. A pasta, que fazia parte do governo do ex-presidente Michel Temer, foi extinta por Bolsonaro e anexada ao Ministério da Justiça, comandado por Sergio Moro.

Na quarta, o presidente recebeu de secretários estaduais de segurança a sugestão de retorno da pasta.

Na saída do Alvorada, Bolsonaro afirmou que, caso decida recriar o Ministério da Segurança Pública, o ministro Sérgio Moro permanecerá à frente da pasta da Justiça.

“Se for criado, daí ele fica na Justiça. O que era inicialmente. Tanto é que quando ele foi convidado, não existia ainda essa modulação de fundir com o Ministério da Segurança”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro disse ser “lógica” a contrariedade de Moro à medida, mas que o tema será “estudado” com os ministros do governo. O presidente ainda quer ver a reação de outros setores da sociedade sobre o assunto.

“Isso é estudado, estudado com Moro, lógico que o Moro deve ser contra. Estudado com os demais ministros. O Rodrigo Maia [presidente da Câmara] é favorável a criação da Segurança, acredito que a Comissão de Segurança Publica, como trabalhou no passado, também seja favorável. Temos que ver como se comportam esses setores da sociedade para poder melhor decidir”, argumentou o presidente.

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