Segurança
Funcionário público é detido suspeito de manter fábrica clandestina de gelo que pegava água direto de nascente
Um funcionário público da Prefeitura de Goiânia foi preso suspeito de ser o proprietário de uma fábrica clandestina de gelo e ainda comercializar o produto sem nenhuma condição de higiene na Região da 44. Além disso, segundo a investigação, a água usada para produzir o gelo era desviada direto de uma nascente que deveria abastecer o Rio Meia Ponte.
Equipes da Agência Municipal do Meio Ambiente, Batalhão Ambiental da Polícia Militar, Procon, fiscalização de Posturas e Vigilância Sanitária fizeram ao mesmo tempo a operação em três lugares. Duas distribuidoras de gelo no centro de Goiânia e no Novo Mundo foram vistoriadas, assim como fábrica em uma área de mata.
“A água usada é totalmente suja, imprópria para o consumo, insalubre, um crime contra saúde pública. Também apuramos crime contra a fauna a e a flora, além de contra a ordem tributária, porque a empresa não é registrada”, disse o tenente-coronel do Batalhão Ambiental da PM, Edson Cândido.
Segundo a polícia, Georrander Nunes Abrão, de 39 anos, suspeito de ser o dono da fábrica clandestina e das duas distribuidoras foi levado à Central de Flagrantes. De acordo com a Polícia Civil, ele foi liberado após a assinatura de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) pelo artigo 66 do Código de Defesa Consumidor, por “afirmação falsa ou enganosa sobre a natureza de produtos ou serviços”.O homem é agente de trânsito da Secretaria Municipal de Trânsito (SMT). O órgão mandou nota dizendo que vai aguardar o fim das investigações para decidir que providências vai tomar. A operação teve origem numa denúncia registrada pelo telefone 161 da Amma. Depois de um mês de investigação do serviço de inteligência, os agentes identificaram a fábrica clandestina. Em uma região de mata, próxima ao Jardim Conquista, a produção acontecia de forma improvisada.