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Vazão do Meia Ponte volta a subir e Secretaria espera resultado com aperto na fiscalização

A vazão do Rio Meia Ponte na estação de captação em Goiânia subiu para 2.606 litros por segundo (l/s) na manhã nesta segunda-feira (9), de acordo com a Sala de Situação da Saneago. A medição ocorreu às 7 horas e representa um crescimento em relação às medições realizadas no sábado e no domingo, que estavam em 2.325 l/s. Por conta da redução, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) anunciou neste domingo (8) a intensificação da fiscalização “para a retomada dos níveis que permitem manter a estabilização verificada nos últimos 23 dias”.

A variação do nível de vazão é comum no período de seca. Portaria da Semad determinou que a irrigação só ocorra à noite. Assim, o pessoal irriga à noite e quando desliga a vazão volta a subir. As 5 horas desta segunda-feira ela estava em 2.300 l/s e às 7 horas já havia subido para 2.606 l/s. A vazão piora a partir do meio dia. A expectativa da Semad é de que o aperto da fiscalização deve manter a vazão na faixa de 2.600 l/s.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Meia Ponte, Fábio Camargo,  nesta segunda-feira (9) que a suspensão de outorgas não é solução para a crise hídrica do Estado. “O Comitê é contrário a essa ação do Ministério Público de suspender as outorgas do Meia Ponte, uma vez que a outorga integral é de 800 litros, eles estão só com a metade que é 400, estamos falando de pouco menos de 250 a 300 l/s, se cortar tudo não vai ter uma solução para o problema hídrico do Estado e a gente vai ter um problema social gigantesco”, avaliou.

O presidente pontuou como um “momento de guerra”, tem pouca água e a tendência é que tenha mais 40 dias nesse estado crítico. “Precisamos todos economizar, sociedade economizar, a indústria precisa economizar, a fiscalização da Secretaria de Meio Ambiente tem que ser intensificada, tem que lacrar quem tiver capitando regularmente, tem que ser multado, porque funciona é assim, infelizmente, o comando controle tem muita gente que acha que não é eficaz, nesse momento é isso e tem que desenvolver políticas a médio e a longo prazo”, completou.

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