Educação

Universidade cancela matrículas de alunos de colégios militares aprovados no Sisu

A Universidade de São Paulo (USP) decidiu cancelar as matrículas de estudantes de colégios militares aprovados no vestibular por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Para o Comando do Exército e o Ministério da Educação (MEC), a decisão é uma retaliação ao governo de Jair Bolsonaro (PSL), como um “ato político”.

De acordo com a Pró-Reitoria de Graduação da universidade afirma que as 12 escolas militares não se enquadram no sistema de cotas, uma vez que as instituições são mantidas por contribuições e quotas mensais pagas por pais de alunos.

Na tarde desta sexta-feira (15), em reunião, representante do Comando do Sudeste, com sede em São Paulo, tentou fazer com que dirigentes da universidade revertessem a decisão. Segundo o Exército, 20 alunos foram afetados. De acordo com a USP, o número cai para 10. A promessa da instituição de ensino, segundo os militares, é de que o caso seria analisado.

O Comando do Sudeste acionou o governador de São Paulo, João Doria, militares entraram em contato com Brasília. O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez, também foi acionado para intervir a favor dos alunos.

Na última quinta-feira (14), a USP enviou e-mails aos estudantes informando a anulação das matrículas. Em uma mensagem, obtida pela reportagem do Estadão, a universidade informa que o cancelamento se faz necessário para não “burlar” a “finalidade das políticas de inclusão”. A mensagem é assinada pelo pró-reitor de Graduação, Edmund Chada Baracat, e o texto foi elaborado pela Comissão para o Monitoramento Operacional do Processo.

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