Economia

Setor de serviços cresce 5% em junho e ainda acumula perdas de 14,5% com pandemia

Após quatro meses consecutivos de queda, o setor de serviços fechou junho em alta de 5%, informou nesta quinta (13) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda assim, a atividade do setor se encontra 14,5% abaixo do registrado antes da pandemia. A alta teve grande influência da reabertura dos restaurantes em parte do Brasil, disse o instituto. “Com o aumento do fluxo de pessoas nas cidades brasileiras, eles começaram a abrir e a receita do segmento voltou a crescer, impactando o volume de serviços de junho”, afirmou o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo. Principal motor do PIB (Produto Interno Bruto), o setor foi o mais afetado pelas restrições à circulação para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. Foi o único entre os grandes setores que ainda não havia mostrado sinais de recuperação. Indústria e varejo já haviam avançado em maio e mantiveram a tendência em junho: a indústria cresceu 8,9%, puxada pela produção das montadoras de veículos, e o comércio teve alta de 8%, com forte influência das vendas em supermercados. “Diferentemente do comércio, a prestação de serviços tem a necessidade da presença da pessoa. Enquanto as pessoas não sentirem segurança, esse setor vai ter mais dificuldades para retomar”, disse Lobo, lembrando que o comércio conseguiu migrar para vendas online e ainda roubou clientes de serviços como restaurantes.

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