Política

Primeiro escalão do governo de Caiado já sofreu 11 mudanças em apenas 9 meses

Em apenas nove meses de governo, a equipe do governador Ronaldo Caiado (DEM) já passou por 11 mudanças no primeiro escalão, mais de uma por mês. As últimas ocorreram nesta quinta-feira (3), com as trocas nos comandos da Secretaria de Desenvolvimento Social (sai Marcos Cabral e entra Lúcia Vânia); na Companhia de Desenvolvimento de Goiás, a Codego (Marcos Cabral assumirá a vaga de Pedro Salles), na Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte, a Goinfra, (sai Ênio Caiado e entra Pedro Salles, e da Goiás Parcerias (Ênio será o presidente).

A primeira mudança ocorreu logo após a posse. Em 7 de janeiro, o governo revelou que Aderbal Ramos Caiado, anunciado na semana anterior para a presidência da antiga Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), seria diretor de Fiscalização e Monitoramento de Obras. Em seu lugar, ficou outro primo do governador, o engenheiro civil Ênio Caiado.

Mas Aderbal não está mais no governo. Em agosto pele pediu demissão da Assessoria Especial Estratégica da Goinfra, agência criada em substituição à Agetop pela primeira reforma administrativa do governo aprovada no final de janeiro. Vinte dias após a posse de Caiado outra mudança.

O jornalista Vassil de Oliveira deixou o comando da Secretaria de Comunicação Social e assumiu a presidência da Agência ABC. Em seu lugar ficou a antropóloga e consultora em comunicação, Valéria Torres. Em julho, Vassil deixou o governo em definitivo para ser secretário de Comunicação da Prefeitura de Goiânia. Somente em agosto o pernambucano José Roberto Borges da Rocha Leão assumiu a presidência da ABC.

Em maio ocorreu nova baixa na equipe. O chefe da Casa Militar, coronel Newton Nery de Castilho pediu exoneração. O governador nomeou para seu lugar o tenente-coronel Luiz Carlos de Alencar.

Uma suspeita de irregularidades na Codego levou Caiado a fazer uma intervenção na diretoria, que ele havia nomeado, em julho. O presidente Valderi Borges, indicação do deputado estadual Álvaro Guimarães (DEM), foi afastado. Assumiu o então secretário de Administração (Sead), Pedro Salles. Bruno Magalhães D’Abadia assumiu a Sead. A suspeita de irregularidades em um contrato realizado pela Goiás Parcerias fez o governo mexer novamente na equipe.

Em 20 de setembro, Caiado confirmou a destituição do presidente Eduardo Macedo depois do jornal O Popular revelar que a empresa tinha contratado um escritório de advocacia por R$ 400 mil sem licitação. O governador indicou Pedro Salles para o Conselho de Administração da Goiás Parceria para aprovar as mudanças na direção.

A Universidade Estadual de Goiás (UEG) também viveu meses movimentados. Em 20 de setembro, Caiado decretou intervenção na universidade e nomeou o procurador do Estado, Rafael Borges, para reitor. No dia anterior o reitor em exercício Ivano Devilla havia renunciado ao cargo, alegando que sua interinidade se tornara longa. Ele comandava a UEG, que vive uma forte crise, desde março, quando o reitor Haroldo Reimer também renunciou.

A dança de cadeiras nesta quinta-feira envolveu novamente Pedro Sales, que se confirma como uma espécie de coringa do governador. Ele vai assumir a presidência da Goinfra, empresa que, coincidentemente, vem recebendo críticas pela falta de ação na manutenção e recuperação da malha viária estadual. Vale lembrar que Ênio Caiado levou vários meses para nomear titulares para as Diretorias de Obras Públicas, de Obras Rodoviárias e de Manutenção, as mais importantes da agência.

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