Saúde

Feira Hippie e polo de moda da Rua 44 reúnem 50 mil pessoas por dia e preocupam saúde

Conhecido como o segundo maior polo de confecções do país, a região da Rua 44 atrai pelo menos 50 mil pessoas por dia, de acordo com a Associação Empresarial da Região 44 (AER44). Semanalmente a região recebe entre 250 a 320 ônibus de vários estados brasileiros e do interior goiano. São uma média de 200 mil pessoas por semana, atendidas por cerca de 50 mil trabalhadores e empresários, incluindo os feirantes da Feira Hippie. Tudo isso reunido em apenas três avenidas e nove ruas do Setor Norte Ferroviários.

É a maior aglomeração de pessoas em Goiânia e uma das preocupações para contenção de disseminação do novo coronavírus Covid-19 depois que o Estado confirmou os primeiros casos em Goiás. O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, disse na quinta-feira que estuda a possibilidade de fazer uma triagem nos ônibus que chegam na região para identificar pessoas com gripe. No entanto o presidente da AER44, Jairo Gomes, acha que essa ação é inviável. “Vou conversar com o secretário, mas acho muito difícil”, afirmou, dizendo que na região existem cerca de 20 mil pontos de vendas, incluindo lojas e pontos de feira. A preocupação do governo é em conter a disseminação.

Jairo ressaltou que algumas medidas estão sendo tomadas pelos lojistas, como a disposição de álcool em gel para clientes, além disso, a AER44 em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde estão elaborando um informativo para ajudar na conscientização dos clientes. “É uma região de espaço físico pequeno, mas recebe grandes multidões a cada dia, então há dificuldade de poder articular ações, o fato é que existe um problema, a luz amarela já foi acesa, o Estado de Goiás já tem casos confirmados e, independente de ter ou não em Goiás, o fato é que essa região recebe pessoas de todos Estados”, disse.

“Acho extremamente temeroso propor para que a gente faça rodízio, fechar loja, deixar de fazer a feira, é muito difícil, eu sei da problemática”, ressaltou o presidente após ser questionado sobre as medidas restritivas por conta do avanço do coronavírus em Goiás. “Não estou convencido de fazer intercalação das lojas, caso chegue a ponto de circular com maior rapidez isso vai acabar acontecendo”.

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