Segurança

Médicos do Hospital de Doenças Tropicais são investigados por fraudes nas folhas de pontos, em GO; veja flagrantes

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e o Hospital de Doenças Tropicais de Goiânia (HDT) investigam sete médicos, entre dermatologistas e infectologistas, especialidades de referência da unidade hospitalar, por fraudes nos registros de horário de trabalho. Imagens de câmeras de segurança registraram, durante três meses de investigação, médicos que anotaram nas folhas de ponto cargas horárias que não foram cumpridas.

A TV Anhanguera acompanhou, com exclusividade, a rotina desses médicos e obteve as folhas de pontos assinadas em horários em que eles não estavam no hospital ou atendiam em clínicas particulares (veja vídeo acima). A direção do hospital calcula um prejuízo de mais de R$ 600 mil com as fraudes. O HDT é público e recebe dinheiro público para se manter, entre eles do Sistema Único de Saúde (SUS), enviado pelo governo federal.

Os médicos que trabalham no hospital são concursados e recebem em média R$ 15 mil por mês para trabalhar 20 horas por semana. O salário é calculado com base nas horas que eles alegam ter trabalhado, já que todos são dispensados de bater o ponto eletrônico, o que só acontece porque, além de médicos, eles também orientam estudantes de medicina.

Um dos investigados é o médico gastroenterologista Rodrigo Sebba, que aparece nas imagens passando pela catraca do hospital, no dia 28 de janeiro, às 15h12, e saindo às 15h24, ou seja, ficou apenas 12 minutos na unidade. No entanto, as anotações do médico na folha de ponto constam que ele trabalhou durante seis horas. Depois de ser notificado da investigação pelo Ministério Público, o médico pediu demissão do HDT.

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