Esporte

Marcelo Almeida destaca que valor recebido por Michael tem pouca representatividade para o futebol atual

O que eu quero que todos entendam é que quando falamos em 7,5 milhões de euros, para nós, pessoas físicas e mortais, é um dinheiro que nem imaginamos o tanto que é. Mas para o futebol, infelizmente, os patamares estão atingindo cifras inimagináveis. Para nós, que achamos muito dinheiro, esse quantitativo tem pouca representatividade para o futebol diante de custos elevadíssimos e salários estratosféricos. Esse dinheiro, que se aproxima de 35 milhões de reais, por incrível que pareça, é pouco valor”, ressalta o dirigente.

Perguntado sobre como pretende investir o dinheiro da venda, Marcelo destaca que “o Goiás sempre se mostrou um time muito centrado e pés no chão. Sei que talvez é um anseio de todos para que vamos no mercado para contratarmos atletas renomados, mas hoje qualquer atleta, pouco significativo que seja, tem ganhos salariais extremamente elevados. Então temos que ter muito cuidado com os próximos passos, porque o dinheiro não leva desaforo e o futebol também não”.

“Temos que ter muita coerência, pé no chão e, outra coisa, temos que receber o dinheiro do Michael. Uma coisa é vender, outra é receber. Obviamente que teremos um contrato muito bem amarrado e foi um pagamento parcelado em que iremos receber parte em meados de fevereiro, posteriormente em julho e depois em janeiro de 2021. É muito dinheiro, mas um dinheiro que vem de forma parcelada. Lembrando que é em euro e pode ser que ele se valorize”, completa o presidente executivo esmeraldino.

Sobre os comentários de Hailé Pinheiro, presidente do Conselho Deliberativo do clube, de que o valor da venda foi baixo, Marcelo frisa que “o ‘seu’ Hailé tem uma característica muito grande e interessante, que ele tem muito amor pelos atletas que lapida, e isso é normal. Tudo aquilo que gostamos na nossa vida supervalorizamos, e o ‘seu’ Hailé não é diferente. Ele tem esses atletas como se fossem filhos dele”.

“Só que tem uma coisa que se chama mercado. Se quero vender o meu celular, ele vale aquilo que o mercado paga. Até acredito que poderia valer muito mais, infelizmente propostas maiores do que essa não chegaram, mas temos que entender que o Michael não foi vendido por 7,5 milhões de euros, é uma conta diferente. O Michael foi vendido por 10 milhões de euros, porém somos detentores de apenas 75% desse valor”, enfatiza.

O dirigente acredita que “nós, Goiás Esporte Clube, pouco a pouco estaremos atingindo os patamares internacionais de negociação. Gostaria muito que o Michael pudesse valer 20, mas esse ‘timing’ ainda está por vir. É a maior venda da história, 35 milhões aproximadamente. Já coloquei o ‘seu’ Hailé para ir buscar mais um, porque hoje times de futebol sobrevivem às custas disso”.

“Temos que entender que essa questão de ficar dependente de termos um dinheiro que vai ou não chegar, se o jogo vai ser transmitido ou se vou ter uma ‘performance’ boa, isso não sabemos. Então temos que ser uma fábrica de jogador de futebol, e isso o Goiás já mostrou muito bem. Infelizmente estamos vendendo um por temporada, gostaria de vender dois ou três, e quem sabe amanhã ou depois consigamos vender atletas nesse patamar que o ‘seu’ Hailé acha que deveríamos ter vendido”, finaliza Marcelo Almeida.

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