Política

Líder de Bolsonaro diz que está cada vez mais difícil criar partido para eleição em 2020

O líder do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na Câmara dos Deputados, Vitor Hugo (PSL), admite em entrevista exclusiva à Sagres 730 as dificuldades para se criar o novo partido governista Aliança pelo Brasil a tempo da disputa das eleições municipais deste ano. Além disso, o deputado reconhece que a orientação no Palácio do Planalto é pelo trabalho efetivo com olhos para o pleito de 2022, quando o presidente deve buscar a reeleição.

Nos bastidores, a avaliação do presidente seria de que a corrida municipal poderia resultar em derrotas do grupo bolsonarista em grandes cidades, o que só geraria desgastes para o processo seguinte. O deputado Vitor Hugo afirma que mantém o esforço até o último minuto, para criar o partido até o fim de março, mas logo admite a dificuldade. “A gente só vai desistir na hora que o prazo acabar efetivamente, mas tá se avizinhando já o prazo e a gente sabe que existe toda uma burocracia”.

Vitor Hugo declara que o presidente e seus apoiadores se voltam para 2022, principalmente, por causa da burocracia e espera criar o partido antes do prazo determinado para poder concorrer nas eleições para presidente e governador. O prazo para criação do partido e realização das filiações para a disputa municipal vai até o início de abril, sendo necessárias 492 mil assinaturas, mas, até o momento, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou menos de 3 mil depois de três meses de trabalho dos bolsonaristas. “Está cada vez mais difícil criar o partido por causa da burocracia”, diz.

O primeiro encontro para criação do partido, em Goiás, ocorreu no início de janeiro e já oferecia a opção para quem quisesse assinar a ficha de apoiamento para criação da legenda. A sigla foi lançada pelo presidente Jair Bolsonaro, em 21 de novembro de 2019, alguns dias após o anúncio de sua saída do Partido Social Liberal (PSL).

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