Cidades

Justiça aceita denúncia contra ex-presidente do Imas e mais 5 por desvios do plano de saúde da Prefeitura de Goiânia

A Justiça de Goiás aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-GO) contra seis acusados de desviar dinheiro do plano de saúde dos servidores da Prefeitura da capital, o Instituto de Assistência à Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas). Um deles é o presidente afastado do órgão, Sebastião Peixoto. De acordo com as investigações, o grupo lançava procedimentos médicos falsos por clínica de fachada para receber valores indevidos.

Veja quem responde por quais crimes, conforme a denúncia:

  • Carlos Henrique (ex-diretor de Saúde do Imas) foi denunciado por organização criminosa, uso de documento falso por oito vezes, falsidade ideológica por 17 vezes, e peculato por duas vezes;
  • Luiza Ribeiro Fernandes (advogada) foi denunciada por organização criminosa, falsidade ideológica e peculato por duas vezes;
  • Ulisses Luís Dias (médico) foi denunciado por organização criminosa e peculato;
  • Glaydson Jerônimo da Silva (médico) foi denunciado por organização e peculato;
  • Fernanda Hissae Ribeiro Yamada (médica) foi denunciada por organização e peculato;
  • Sebastião Peixoto (presidente afastado do Imas), foi denunciado por organização criminosa e peculato.

Advogado Romero Ferraz Filho, que representa Sebastião, disse que “tem a plena convicção de que ele [cliente] é inocente”. Também de acordo com o texto, o investigado “nunca se reuniu ou se associou com ninguém pra obter vantagem ilícita ou praticar crimes” e que “quando se deparou com a informação de indícios de fraude no Imas, suspendeu todos os pagamentos”.

O advogado de Carlos Henrique informou, também em nota, que os supostos crimes “nunca trouxeram um único centavo de prejuízo ao erário público, graças a ação voluntária” do cliente dele, que “cancelou as guias em relação às quais pesavam dúvidas”. Também de acordo com o texto, o investigado teria pedido “antes do recebimento da denúncia, lhe fosse permitido indenizar a administração”, mas que teve a solicitação negada.

Caio Teixeira, advogado de Glaydson, defende que a inocência do cliente “será provada com tranquilidade”. Ele completa que o “nome do mesmo foi usado indevidamente sem seu conhecimento. Temos o compromisso com a ética e profissionalismo médico”.

O advogado Carlos Márcio Rissi Macedo também afirma que Fernanda inocente. “Ela também é vítima, teve sua assinatura falsificada pelo marido e está disposta a esclarecer todos os fatos. Não há participação dela em qualquer esquema ou associação para desviar recursos do Imas. Confiamos no Poder Judiciário e temos a certeza que, ao final, a verdade prevalecerá, com a absolvição da doutora Fernanda”.

A reportagem tenta descobrir quem são os defensores de Luiza e Ulisses para também pedir um posicionamento sobre o caso.

A Prefeitura de Goiânia informou, por telefone, que não foi notificada ainda.

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