Cidades

Juiz decreta prisão de policial civil acusado de matar a mulher após réu faltar a júri popular pela 2ª vez, em Goiânia

O juiz Jesseir Coelho de Alcântara decretou a prisão do policial civil Aluísio Araújo de Paula Frazão, de 54 anos, acusado de matar a mulher, Renata Georgiane Souza Leite, de 32, em Goiânia. O crime ocorreu em 2013. A decisão foi motivada depois que o réu faltou, pela segunda vez – sendo a última nesta quinta-feira (14) – ao júri popular sobre o caso. Com isso, o julgamento teve que ser adiado outra vez.

O magistrado informou que tanto no primeiro julgamento, que deveria ter ocorrido no dia 29 de novembro, como no mais recente, o policial alegou estar doente e apresentou atestados médicos. Ele sempre respondeu ao crime em liberdade.

“Mediante isso, não teve outro entendimento, a não ser decretar a prisão. Agora ele deverá aguardar pelo novo julgamento preso, após o mandado ser cumprido”, explicou o magistrado.

Parentes de Renata compareceram ao Fórum e ficaram indignados com a situação. Eles vestiam uma camiseta com a foto da vítima. A filha de Renada, Ana Bárbara Leite Andrade, de 19 anos, disse ter ficado triste por mais um adiamento, mas elogiou a decretação de prisão.

“A gente fica na expectativa de acabar. Já é a segunda vez que ele não comparece ao julgamento. Mas pelo menos dessa vez foi determinada a prisão dele”, afirmou a jovem, que na época do crime tinha 13 anos.

Alcântara afirmou ainda que, pesar do crime se encaixar na definição de feminicídio, o policial é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, uma vez que o fato aconteceu em 2013, antes do surgimento da Lei do Feminicídio.

De acordo com a Legislação Penal, a lei não pode retroagir para prejudicar o réu.

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