Cidades

Helicóptero que caiu e matou três no Lago das Brisas realizou manobras arriscadas horas antes, diz polícia

A Polícia Civil confirmou que o helicóptero que caiu matando três pessoas no Lago das Brisas, em Buriti Alegre, no sul de Goiás, realizou manobras arriscadas horas antes, no mesmo local. Imagens que circulam nas redes sociais mostram a aeronave em dois momentos, sobrevoando bem perto da água e dando rasantes

No entanto, a polícia não soube confirmar se, naqueles momentos, o helicóptero, prefixo PR-APN, era pilotado por Ricardo Magalhães Barros. Além dele, também morreram duas passageiras: a advogada Mickaelly Damasceno e a servidora pública Miriam Carolina Fontana.

Uma quarta ocupante, que pediu para não ter a identidade divulgada, caiu na água, mas sobreviveu. Ela foi resgatada por um barco e levada ao hospital e já recebeu alta.

O acidente aconteceu na noite de sábado (24). O delegado Ricardo Chueire, que investiga o caso, disse que o helicóptero tinha licença para voar à noite, mas não naquele local e disse que as manobras registradas no vídeo são bastante arriscada

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por e-mail, que “a aeronave citada estava em condições regulares de voo”. Conforme o documento, ela poderia realizar voos à noite, mas não tinha autorização para realizar táxi aéreo.

Arremessada

A sobrevivente prestou depoimento à polícia sobre o caso no início da tarde de domingo. Segundo Chueire, ela afirmou que foi arremessada antes de o helicóptero cair na água

De acordo com Chueire, ela disse ainda que eles estavam em uma festa em um condomínio em volta do Lago das Brisas, na qual ela e as três vítimas teriam consumido bebidas alcoólicas durante a t

Ainda segundo o delegado, a sobrevivente também teria dito, em depoimento, que a namorada do piloto, Miriam Fontana, a convidou para fazer um passeio de helicóptero.

“Eles saíram do condomínio onde estava tendo a festa, pegaram um barco e foram até onde o helicóptero estava pousado, próximo a um hotel. Eles fizeram o passeio, que durou cerca de 15 minutos e, quando estavam retornando, o helicóptero caiu”

Causas das mortes

De acordo com informações do Instituto Médico Legal (IML) de Itumbiara, Miriam Fontana e Mickaelly Damasceno morreram por asfixia por afogamento. Já o piloto Ricardo Barros sofreu politraumatismo, além de asfixia por afogamento.

Os corpos foram liberados do IML de Itumbiara às 17h30 de domingo.

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