Cidades

Filha diz que mãe implorou para não ser morta pelo pai: ‘Por favor, não atira’

A jovem de 18 anos que presenciou o pai matar a mãe, em Planaltina de Goiás, contou na delegacia que, antes mesmo da separação dos pais, o homem tinha um comportamento agressivo em casa e já tinha ameaçado de morte a vítima. No dia do crime, a filha viu quando a mulher gritou “por favor, não atira”.

Segundo a filha relatou em depoimento, Reginaldo Pereira da Silva, de 45 anos, costumava quebrar objetos na residência, xingar e dizer que mataria Érica Sousa de França, de 40 anos, que era deficiente física.

A filha do casal contou que os pais foram casados durante 23 anos e que se separaram há cerca de um ano. À polícia, ela falou que após o término do casamento o comportamento do pai ficou mais violento.

“Ele dizia: ‘não aceito sua mãe com outra pessoa, caso isso aconteça, irei matá-la’”, relatou a jovem.

Antes mesmo do crime do último domingo (13), na cidade do Entorno do Distrito Federal, a filha conta que o pai começou a fazer ligações e enviar mensagens ameaçadoras para Érica, com quem tinha outros dois filhos.

Ela contou que há três meses a mãe iniciou um novo relacionamento, o que fez com que o pai se tornasse mais violento. Como não era mais atendido por Érica, ele passou a ligar para filha, como fez no dia do crime.

A jovem informou ainda na delegacia que cerca de uma hora antes do pai matar a mãe aconteceu a última ligação, na qual ele fez vários xingamentos e ameaças.

Consta no depoimento que por volta das 20h, Reginaldo chegou de moto à casa da família abriu o portão. Érica estava em casa com a filha e o atual namorado. A jovem informou que ao perceber a presença do ex-marido, a vítima pediu que o outro home fosse se esconder em um quarto.

Érica, segundo a filha, estava tentando ligar para a polícia, quando o suspeito quebrou um vidro e conseguiu entrar na casa, forçando uma porta e empurrando a jovem que tentou impedir a entrada dele.

No relato feito à Polícia está que o homem sacou a arma de fogo, e Érica gritou implorando para que ele não atirasse, não tendo o seu pedido atendido.

Ao ouvir três disparos, a filha do casal correu para se esconder no banheiro. Ela contou que o pai ainda foi até o quarto onde estava o namorado da mãe e tentou arrombar a porta, disparando mais alguns tiros.

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