Cidades

Cinco são indiciados por acidente que deixou uma menina morta e três feridas em Ceres

A Polícia Civil indiciou cinco pessoas pela morte de uma adolescente e por causar ferimentos a outras três em acidente com brinquedo de parque de diversões de Ceres, na região central de Goiás. Entre os nomes citados pela corporação como responsáveis pelo caso estão: dono do brinquedo, responsável pelo estabelecimento, operador da máquina e dois engenheiros, dos quais um também responde por falsificação de documento público.

O advogado Laurentino Xavier da Silva, que representa o responsável pelo parque, Juarez Alves da Costa, o operador do brinquedo, Raimundo Genivaldo da Lima Costa, e o dono do equipamento, Joel de Quadra, disse que seus clientes estão à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

“Os indiciados estão à disposição da Justiça. Após citados, comparecerão em juízo, onde responderão às imputações. Ao final, esperam a aplicação da justiça”, afirmou.

Por e-mail, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO) disse que instaurou procedimento administrativo para apurar a conduta dos profissionais envolvidos na ocorrência. De acordo com a entidade, ficou comprovado que o homem que se apresentava como engenheiro mecânico havia apresentado documento falso de registro no órgão.

Além disso, segundo o Crea-GO, ele teve o registro como técnico em eletroeletrônica cancelado. Já no caso da engenheira mecânica, “sua conduta está sendo analisada pela Comissão de Ética Profissional do Crea-GO, em caráter prioritário”.

“Após julgamento, a profissional enfrentará as sanções cabíveis, que abrangem advertência, censura pública, suspensão e até cancelamento do registro”, disse em nota.

O acidente aconteceu no dia 26 de agosto de 2018. Na ocasião, o brinquedo Surf, que simula uma o movimento de uma prancha sobre as ondas, deixou quatro adolescentes feridas: Isabela do Amaral Vieira, Thalia Aparecida Pires, Thatiely Carvalho Evangelista e Mariane Oliveira Dias, todas de 16 anos. A primeira delas morreu dias após ser internada e teve os órgãos doados.

“Em linhas gerais, eles foram negligentes e imprudentes e imperitos porque atestaram uma situação que não condizia com a verdade. O laudo demonstrou que as causas do acidente foram as más condições de uso e de manutenção do brinquedo, aliados à possível falha humana. No inquérito, demonstramos por provas testemunhais que o operador da máquina não travou o brinquedo”, explicou o delegado Matheus Costa Melo.

O promotor Marcos Rios disse que recebeu o inquérito nesta terça-feira (19) e já decidiu que vai pedir novas investigações. De acordo com ele, a proposta é pedir apoio a alguma delegacia especializada de Goiânia.

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