Mundo

China e Índia se acusam de violar cessar-fogo em fronteira no Himalaia

A China e Índia se acusaram mutuamente de violar um cessar-fogo válido desde 1996 na fronteira disputada entre os dois países na região de Ladakh, no Himalaia. O controle da região já foi alvo de uma guerra, vencida pelos chineses, em 1962, e de uma série de escaramuças desde então. As últimas mortes por armas de fogo ocorreram em 1975. Em junho deste ano, a situação voltou a escalar, com um grave confronto no qual morreram 20 soldados indianos e um número incerto de chineses. Só que ele se mataram com paus e pedras, respeitando tecnicamente o cessar-fogo que proíbe tiros a 2 km de cada lado da Linha de Controle, a fronteira presumida. “Foi uma violação militar muito séria”, afirmou em comunicado na manhã desta terça (8) Zhang Shuili, porta-voz do Comando do Teatro Ocidental das Forças Armadas chinesas. Segundo seu relato, tropas indianas atiraram ao cruzar a fronteira na região do lago Pangong na noite de segunda-feira. Ele afirmou que os militares chineses foram “forçados a uma resposta de emergência para estabilizar a situação”, sem detalhar. “A ação do lado indiano violou seriamente o acordo bilateral e escalou a tensão na região”, disse Zhang. Após passar a manhã em silêncio, o Ministério da Defesa indiano divulgou sua versão dos fatos, acusando a China de abrir fogo sobre posições que haviam sido ocupadas pelas forças de Nova Déli no fim de semana retrasado, de seu lado da fronteira.

Related Articles

Check Also

Close
Close