Cidades
Aluno que confessou ter matado coordenador de escola escondia arma dentro de urso de pelúcia
O estudante apreendido suspeito de matar o coordenador da escola em que estudava escondia a arma usada no crime dentro de um ursinho de pelúcia que tinha em casa, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O delegado que investiga o caso, Rafael Abrão, disse que o adolescente já tinha essa arma há cerca de um ano dele”, detalhou.
A arma foi achada pela Polícia Civil, com ajuda do próprio estudante, enterrada em um terreno baldio perto da casa dele. O item será periciado, mas as investigações apontam que a arma foi usada no crime.
Também de acordo com delegado, foi descartada a hipótese levantada à princípio de que a arma teria sido emprestada ao aluno por uma segunda pessoa.
Coordenador da Escola Estadual Céu Azul, Júlio Cesar Barroso de Sousa, de 41 anos, foi morto na tarde de terça-feira (30). Depois do crime, o adolescente fugiu. Ele foi localizado no dia seguinte, na casa de um parente em Novo Gama, a cerca de 10 km de distância de Valparaíso de Goiás, após negociações da polícia com familiares.
Na quinta-feira (2), o adolescente passou por avaliação do Juizado de Menores, quando ficou definido que ele continuará apreendido provisoriamente.
O delegado afirmou que, ao conversar com o estudante, ele admitiu o crime. “Ele confirmou toda a versão já apurada no inquérito policial. Embora tenha falado que estava arrependido, ele se mostrou muito frio durante o relato. Ele não demonstrou esse arrependimento”, afirmou.
Ainda conforme Abrão, o adolescente deve ficar detido em um centro de internação de Goiânia por até 45 dias. Se condenado pelo ato infracional, ele pode ficar apreendido por até 3 anos.
A família do adolescente que assumiu a autoria do crime pediu desculpas à escola e à família da vítima. Os pais do estudante disseram que também foram pegos de surpresa pela situação, ficaram chocados e emocionados quando souberam da situação.
Medidas
Ministro da Educação, Abraham Weintraub esteve na escola em que o crime aconteceu e disse que pretende dar mais atenção aos educadores da rede básica de ensino.
“A gente não pode permitir que uma coisa cotidiana vista como algo normal. A gente precisa resgatar valores básicos, a respeitar o professor. O MEC vai colocar a educação básica, vocês que estão na linha de frente, os professores municipais, estaduais, são a prioridade”, afirmou.